Aqui tem início uma nova prática

Além de um evento está o conhecimento.

Além de uma pessoa está o amor.

Além de um objeto está o infinito.

O conhecimento não está em um evento; está além dos eventos. Se você pegar um acontecimento e inferir qualquer coisa dele, inferir conhecimento, será um conhecimento incorreto. Se alguém fica com raiva e grita, você atribui a raiva a essa pessoa, mas na verdade a raiva foi passada de alguma outra pessoa para ela. Alguém ficou com raiva antes e alguma outra pessoa ficou com raiva ainda antes, e por aí vai.

Quando você vai além de um evento, só então a verdade aparece. Um evento em particular lhe dá uma noção falsa, então você tem que considerar a totalidade dos eventos, a totalidade de todos os eventos, infinitamente. Além do evento está o conhecimento.

O que chamamos de pessoa? Uma pessoa é um corpo, uma mente, um complexo de comportamentos que estão mudando. O amor é imutável. Além da pessoa está o amor. Quando você perde a sua personalidade, você se torna amor. Se você não consegue se perder, você não consegue se encontrar. Então perca a sua personalidade e se encontre.

Além de cada objeto está o infinito. Um objeto é limitado. Reduza o objeto a átomos e você verá que cada átomo contém um espaço infinito. Além do objeto está o infinito.

Maya, ilusão, é apegar-se ao evento, à personalidade ou ao objeto. Conhecimento, amor, Brahman, consciência divina, é ver além de tudo isso. Você percebe? É apenas uma pequena substituição. O objeto atrás do objeto é o infinito. A pessoa atrás da pessoa é o amor.