O Divino na forma, e na falta dela

O Divino não se manifesta, mas o humano tem um desejo inato de perceber este divino na criação que se manifesta ao seu redor. Ele cria ídolos, investe fé neles, e demanda que a divindade esteja presente naquele ídolo por um tempo, para que ele possa reverenciar e expressar seu amor, e brincar com isto. Ao final de sua reverência, ele demanda à divindade que volte ao seu coração, onde toda divindade se manifesta. Isto está presente em todas as atividades de puja.

Eles não estão de fato reverenciando ídolos, imagens, mas reverenciando a divindade que não se manifesta, mas que tem todas as qualidades divinas. Então, os reverenciadores de ídolos no Oriente não são os mesmos que são descritos na Bíblia, no Oriente Médio. Os primeiros não estão apenas reverenciando diferentes deuses e diferentes imagens; eles estão reverenciando UMA divindade em muitas formas diferentes.

Paganismo, Satã e reverenciar animais, sem nenhum conhecimento da divindade única, é muito diferente de reconhecer o divino e cada forma que ele se manifesta no universo. Nas tradições do Oriente , deuses e deusas são parte de uma divindade única, como as diferentes cores aparecem na luz branca, enquanto na tradição grega, deuses e deusas são entidades diferentes.

Reverenciar o Satã e diferentes entidades é completamente diferente de reverenciar divindade em suas diferentes formas. Toda forma existente pertence ao divino. Quando você adora alguma, você está adorando o divino existente na forma. Com este conhecimento, o ato de reverenciar-se, que é um fenômeno predominantemente interno,  assume uma expressão mais colorida e vibrante, indicando que tanto o que tem forma, quanto o que não tem, é divino.